14 abril 2012

ESPÍRITO

Fluir como o rio manso
nas águas rijas de Abril.

Inundar as margens altas
sem limites de expansão.

Fecundar como mosto rubro
a planície da razão.

Nascer como golpe de luz
apontado ao mais profundo.

Como um vulcão revolver
o secreto interior.

Como o ar entre os escombros
Permanecer.
Maria Amélia de Vasconcelos

Sem comentários :

Enviar um comentário